Página 17 - ABRADA | Ed. 05

tem que ser exatamente o que a rede quer que seja feito.
Mais do que falar a mesma língua, a ideia é ser o espelho do
que a rede pensa.
Quais as competências e responsabilidades do presi-
dente de uma associação como a Abrada?
Duas básicas, primeiro é conseguir aglutinar uma rede que
não é muito coesa e a segunda é conseguir ter representa-
tividade junto à fábrica, ou seja, que a fábrica perceba os
anseios da rede.
Diante de um mercado de máquinas cada vez mais
competitivo, qual a importância de uma Rede
fortalecida?
Cada vez mais o produto vai para segundo plano. Há trin­
ta anos o produto representava 90% do negócio. Hoje, pe-
ças, assistência técnica, posicionamento de mercado, tudo
isso tem tanto valor que somente no final da explanação
você fala do produto que tem a oferecer. Os valores intan-
gíveis hoje valem mais do que o produto em si, por isso a
importân­cia da Rede. Alguémme disse um dia essa frase: “a
corrente (Rede) é tão forte quanto o seu elo mais fraco”. E
se você pensar a rede como lojista, cada um tem a sua loja
e cada um vai pensar por si. Quando você está falando de
Rede, você está falando de um negócio maior. Existe o valor
da sua concessionária, o valor da sua atuação no mercado
e o valor da marca que você representa. Então, somando
esses três valores teremos o valor do seu negócio como um
todo. E a associação tem a missão de fazer com que a Rede
chegue a um determinado nível, fazendo com que a marca
seja reconhecida como uma marca execelente (valorizada)
em todos os lugares de um país com dimensões continen-
tais como o nosso.
Quais as metas e objetivos desta nova gestão?
Fazer diferente. Eu já fui presidente duas vezes e diretor ou-
tras duas. Fazer tudo diferente, discutir de forma diferente,
trabalhar de forma diferente, negociar de forma diferente,
pensar de forma diferente, agir de forma diferente, para
conseguir objetivos que ainda não se conseguiu. Eu falo
para a fábrica: a gente não quer ganhar dinheiro da Agrale,
mas sim, a gente quer ganhar com a Agrale.
O que será feito para promover a aproximação dos
associados entre si e destes com a Agrale?
Nós já temos algumas ideias, mas a proposta é fazer com
que as pessoas cheguem até a associação, que aceitem e
apoiem a associação como um representante legítimo das
ideias de cada um junto à fábrica. Por isso, vamos fazer coi-
sas diferentes para que consigamos trazer toda a Rede, que
é extremamente heterogênea, para a associação.
Qual a sua expectativa para os próximos dois anos?
Precisamos fazer com que a fábrica e a Rede pensem o
negócio da mesma forma. A quebra de paradigma está
em pensarmos, junto com a fábrica, todo o negócio de
uma forma mais moderna.
Quais os pontos positivos e quais aspectos devem
ser aprimorados na Rede Agrale?
Existe boa vontade em todas as ações que a associação
faz e tem feito durante os últimos anos. O importante não
é só fazer, mas que as pessoas percebam o que estamos
fazendo. Preocupa a percepção dos revendedores com
relação à associação. E quero dar muita atenção a isso.
Henrique Amado assume a
presidência enquanto Ailton
Clivelaro passa a ser o vice
Ponto de Vista
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Revista Abrada | Edição 05 | Dezembro 2012