DIVERSI DADE
Rico
grãos, sendo 53,68% desse volume voltado à produção de
milho. Apesar da falta de chuvas que vem acontecendo, a
companhia, juntamente com o IBGE, aponta a participação
do Centro-Oeste na produção nacional de cereais, legumi-
nosas e oleaginosas como positiva, com 40,8% em 2014. A
Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul
estima que neste ano a produção do grão no estado será
5,2% maior que no ciclo 2012/2013, com total de 6,1 mi-
lhões de toneladas produzidas. Os resultados mostram que
atualmente a área dedicada à soja teve aumento de 10%,
chegando a 2,2 milhões de hectares. Porém a produtividade
decaiu 5,3% devido à falta de chuva em dezembro do ano
passado, que prejudicou a formação dos grãos. A cana-de-
-açúcar, segundo a Associação dos Produtores de Bioenergia
do Estado (Biosul), processou 40 milhões de toneladas – o
que representa um crescimento de aproximadamente 8%
frente à safra anterior.
Mesmo com toda essa força intensa da agropecuária, a partir
de 2008 a indústria conquistou espaço no crescimento eco-
nômico do estado. Conforme o Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE), em 1985 a agropecuária respondia
por 38,56%do Produto Interno Bruto sul-mato-grossense, en-
quanto a indústria participava com 17,6%. A nova realidade
fez com que as fábricas conquistassem 34,4% da representa-
ção, enquanto o campo ficou com8%desse cenário. Em2010,
o PIB chegou aos R$ 43,5 bilhões – impulsionado pela partici-
pação da indústria e dos serviços e pela agropecuária.
A força das tradições
A população de Mato Grosso do Sul foi formada por imigran-
tes vindos principalmente dos estados de Minas Gerais, São
Paulo, do Rio Grande do Sul e Paraná. A concentração de
ameríndios, paraguaios e índios guaranis é forte na região –
podendo ser notada na gastronomia local as características
desses povos.
A variedade de peixes reflete em uma culinária exótica. Uti-
liza-se a mandioca em diversos pratos, como o churrasco,
o ensopado feito com filé de peixe pintado e até mesmo o
bolo doce. A pamonha, o arroz carreteiro, o arroz boliviano,
a carne seca e a mojica são alguns dos pratos típicos.
O turismo do estado é diversificado, aproveitando a abun-
dância da fauna e da flora do Pantanal. Em 2000, a Unesco
reconheceu o bioma local como Reserva da Biosfera, por ser
uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais
do planeta. A cidade de Campo Grande, capital do estado, é
composta de estruturas que contam a história e a constru-
ção de Mato Grosso do Sul. O município de Bonito oferece
aos turistas a oportunidade ímpar de manterem contato
com uma natureza praticamente intocada.
A nostalgia de Campo Grande
A capital doMato Grosso do Sul, alémde ser o centro econô-
mico do estado, faz parte do roteiro de turismo da região. O
passeio mais famoso é o Trem do Pantanal, que sai de Cam-
po Grande rumo às mais belas paisagens da redondeza.
São horas de viagem percorrendo dezenas de pontos histó-
ricos – cada passo é testemunhado pela exuberância pan-
taneira. O velho trem atravessa o Pantanal até o leste do es-
tado, na cidade de Miranda. A primeira metade do trajeto
é marcada pelo cerrado com grandes pastagens e há ainda
Gruta do Lago Azul
Pantanal estrada parque
Flutuação na Nascente Azul
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Revista Abrada | Edição 7 | Abril 2014
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